Rua Antônio Ribeiro da Silva: Afinal como era?

Dentre os muitos relatos dos moradores da Rua Antônio Ribeiro da Silva, muitos pontos convergem para uma: uma rua de chão. O que se sabe, é que há mais 25 anos atrás, esse espaço, que homenageando ao ex prefeito da cidade, que governou entre 1973-1977, só foi ganhando melhorias durante o governo do ex prefeito José Valdomiro Pena (Zezito Pena) (in memória) durante os anos de 1997-2000, sendo 1º mandato, sendo reeleito, governando entre 2001-2004 (2° mandato).
Muitos moradores relatam como era essa rua, a exemplo a moradora X residente  a mais de 20 anos, afirma que quando se instalou no bairro, era bastante acentuada a falta do saneamento. Dona X, inclusive relatou sobre o processo de loteamento realizado naquela época, o que pode considerar o inicio da habitação no bairro, e que devido a muitas buscas a princípio nessa região, hoje se configura como um dos locais mais caros de residir, justamente por está próximo ao centro da cidade. A mesma considera que tanto o crescimento populacional e de infraestrtura, favoreceu para uma rápida habitação em todo o bairro, inclusive na rua, que foi acontecendo aos longos dos anos, mesmo com as péssimas condições existentes naquela época.
Recordando como era as condições básicas, afirma que a Rua Antônio Ribeiro da Silva possuía uma valeta (um canal onde se passa o esgoto), que o chão era ruim para a passagem e que por isso necessitava em dias de chuva, sair com sacos amarrados nos pés. A moradora X, afirma “aqui tudo era barro”. Diferente dos dias de hoje, afirma que os ótimos aspectos de pavimentação, infraestrtura e saneamento apresentam uma rua mais bonita e diferente do que era antigamente.
Quando questionada sobre a sua relação para com a capital -Salvador- afirma que, não tinha a frequência de está sempre na região, apesar dos moradores da cidade Sebastianense anos atrás recorrer em Salvador serviços básicos como saúde e educação (universidades), situações que não são diferentes dos dias de hoje. Mesmo com as péssimas condições que ainda Salvador apresentava, muitas famílias abastadas foram migrando para a capital, em busca de serviços ou por vontade mesmo.  
Pertencente a um dos distritos de São Sebastião do Passé, a entrevistada disse que não via a necessidade de estar sempre na capital, o que por vez, a mesma se ausenta de uma “familiaridade” com a cidade do Salvador.


Foto retirada dia 31/10/2018 as 15: 13 pm.
A moradora Y relata que a presença das valetas na rua antigamente, propiciava muitos cuidados para não cair nessas redes de esgoto, apesar de muitas vezes isso vir a acontecer. A falta de infraestrutura, uma rua de barro com uma (umas?) valeta (s), era motivo de tristeza -pela falta de saneamento- e de alguma forma engraçado (cômico)- por fazer relembrar as quedas nessa rede de esgoto, que por sinal era aberto.
Ao falar sobre as condições de abastecimento, a água por não ser encanada, obrigava que os moradores fossem buscar na fonte ou dividir com o vizinho a tubulação que fazia esse processo de abastecimento. O mesmo era com a energia, que era divida entre os moradores das ruas próximas. Considerado o crescimento populacional e de infraestrtura satisfatório, afirma que as mudanças tidas favoreceram bastante e que atualmente as condições de moradia estão melhores.
Ao tratar de sua relação com a cidade de Salvador, a entrevistada Y afirma que mantinha suas idas a capital para a realização dos seus estudos, assim como para situações de saúde, a exemplo realização de exames. Logo, a cidade de Salvador era (ou ainda é ?!) a principal opção para determinados serviços, desde a busca de uma formação técnica, seja para realização e consultas médica especificas.
Com isso percebe-se que o desenvolvimento da rua aconteceu de forma lenta e gradual, essa afirmação pondera-se nas obras realizadas acerca de 12 anos atrás aproximadamente, em que fizeram a revitalização da rua, fazendo as devidas interferências em uma valeta em que atravessa a esquina de uma pequena extensão da Rua Antônio Ribeiro da Silva, que hoje se encontra pavimentada, com saneamento básico, e iluminação artificial, situação não encontradas há anos atrás.

Referências

OLIVEIRA, Jardinalina de Santana.    São Sebastião do Passé, 278 anos de história. Bahia, 1997.

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